Vivi umas semanas na Austrália, na época em que uma empresa sediada naquele país foi sócia minha e do Fernando Campora aqui no Brasil. E pude testemunhar que lá a Lei existe para ser levada a sério, sendo aplicada de forma igual a todo mundo.
Os policiais são educados, mas firmes. Inclusive (e talvez principalmente) quando lidam com “autoridades” e “celebridades”. Fiquei com a impressão de que o “sabem com quem está falando?” lá, se for usado, acaba se tornando um tiro que sai pela culatra.
Caminhando pelas ruas de Melbourne, num domingo à tarde, assisti à seguinte cena: um rapazinho com cara de maus bofes vinha caminhando pela calçada com duas latas de tinta spray nas mãos. Do outro lado da rua, dois policiais o viram e imediatamente atravessaram, pararam o jovenzinho e começaram a questioná-lo. Me aproximei e pude constatar que estavam anotando o nome, endereço e itinerário dele – de onde vinha e para onde ia. Ao final, disseram: “se no bairro onde você mora, ou nesse caminho que você diz que fez e que vai fazer, surgir uma única pixação, iremos atrás de você e o levaremos à delegacia para ser interrogado e, quem sabe, fichado”.
Por isso, não me surpreende este cartaz (muito bem sacado, aliás) colado nas costas dos bancos de um ônibus que alerta: “Pixe e sua próxima parada pode ser na cadeia”. Curto e grosso: