Não sou partidário do Kassab, nem estou fazendo campanha para ele. Fiz campanha para a Mara Gabrilli, que não só foi eleita com a quinta maior votação em São Paulo, como foi a vereadora (mulher) mais votada do Brasil.
Mas não posso me furtar a fazer um comentário sobre essa campanha sórdida que Dona Marta Suplício e seus quarenta petistas estão fazendo contra o rapaz, insinuando que, por ele não ser casado e não ter filhos, não é uma pessoa que preste. Será que estão querendo dizer que, por não ser casado e não ter filhos, ele é homossexual? E que, por ser homossexual, não presta para gerir São Paulo?
Ainda que o homem fosse gay, o que tem a ver a orientação sexual de um indivíduo com sua competência como gestor, como prefeito, como médico, como professor ou o que for?
Justo ela, Marta, que sempre disse apoiar o Movimento Gay, fazendo uma campanha tão descaradamente homofóbica? Me parece um ato do mais absoluto desespero.
E, na Sabatina da Folha de S. Paulo, a petista ainda teve o descaramento de dizer que não tem nada com isso, que não sabia de nada, que tudo foi decidido por seu marqueteiro de plantão...
Com quem será que essa senhora aprendeu isso, de dizer que não sabia de nada, não viu nada, não ouviu nada, não tem responsabilidade por nada? Terá sido com algum companheiro de partido?
Repito: ninguém deve ser avaliado profissionalmente, nem como indíviduo, nem como candidato a prefeito, com base na sua orientação sexual, ou no fato de ser casado, ou não, de ter filhos, ou não.
Mas, já que quem começou o assunto foi ela, será que alguém aí pode responder esta pergunta que não quer calar: o que é pior, ser solteiro e sem filhos, ou ser casada com o Luiz Favre e mãe do Supla?