Na quinta-feira passada, meio assim, falando sem dizer nada, antecipei que o mercado brasileiro de fast-food teria novidades em breve. No sábado, uma notinha na coluna Radar da Veja já dizia do que se tratava. Mas nem todo mundo entendeu. E eu continuava sem poder falar abertamente.
Agora que meus clientes já divulgaram o assunto abertamente para toda a Mídia, posso entrar mais a fundo no tema: dois clientes do Grupo Cherto, o grupo que detém o Bob's aqui e o grupo que controla a rede Doggis (lojas de cachorro quente) no Chile, formaram uma aliança, pela qual o primeiro vai trazer a marca e as franquias Doggis para o Brasil e o segundo vai levar a marca e as franquias Bob's para o Chile.
E, como dizem os presidentes das duas organizações, os "cupidos" desse casamento fomos meu sócio Fernando Campora e eu.
Tudo começou por nossa causa. Já vinhamos trabalhando para o Bob's no Brasil há bastante tempo (já desenvolvemos vários projetos para eles, tanto em Planejamento, como em Processos, em Capacitação, desenvolvimento de Ferramentas de Gestão e mais um monte de coisas), quando, um belo dia, fomos contratados pelo pessoal da Doggis para trabalhar com eles na ampliação da ocupação de mercado dessa rede no próprio Chile.
Veja bem: os chilenos não manifestavam nenhum interesse em trazer o negócio para o Brasil. Naquele momento, queriam apenas ampliar sua presença no Chile e, eventualmente, avançar pelo Peru, Venezuela e, quem sabe, México. E foi para isso que nos contrataram.
Acabamos fazendo muito mais do que isso e os ajudamos a reestruturar inteiramente o negócio, mostrando, inclusive, como eles poderiam quase que dobrar um empreendimento que já era (e segue sendo) muito bom.
Como conhecíamos as duas organizações por dentro, para nós era mito evidente que as duas tinha tudo a ver uma com a outra: primeiramente, a marca, o posicionamento e os produtos de cada uma deles complementava perfeitamente o portfólio da outra e, muito mais importante, a cultura das duas era muito similar. As duas tinham o mesmo DNA.
Apresentamos os donos de uma aos donos da outra e a empatia foi imediata. Era como se fossem primos que não se viam há muito tempo, mas mesmo assim tinham o mesmo sangue.
Acabamos sendo contratos por ambas as partes em conjunto para fazer parte de um grupo de trabalho integrado por executivos dos dois lados, com a missão de estudar a viabilidade e definir o modelo de negócio mais apropriado, traçando um plano de ação factível e um cronograma para levar a coisa adiante.
Depois de mais de um ano de trabalho, finalmente o contrato entre as duas foi firmado na semana passada. E a implantação para valer começa agora.
Como "cupido-mor" e "padrinho", estou super feliz. Estou seguro de que é um "casamento" que tem tudo para dar certo.