27 de jul. de 2007

Da faculdade direto para uma franquia

Matéria do New York Times mostra que, nos EUA, vem aumentando o número de pessoas que pulam direto da faculdade para uma franquia. Ou seja: se formam e, imediatamente, investem numa franquia... até pela dificuldade de arranjar o emprego dos sonhos. Ou por puro desencanto com o mundo estressante e tantas vezes frustrante das grandes corporações.

Alguns franqueadores já desenvolvem campanhas e ações agressivas de marketing e vendas de franquias tendo esse público como alvo.

Ser coerente não tem nada a ver com ser fanático

Para reflexão:

Ser uma pessoa coerente não tem nada a ver com preservar, em salmoura ou formol, velhas idéias que já não encontram amparo no mundo real. Idéias que podem até ter sido válidas no passado, mas que, por força das muitas e contínuas mudanças pelas quais o mundo passa, já não o são.

Ser coerente não significa cultivar um apego rígido a princípios e fórmulas que não passam de superstições. Não implica em acreditar que, como na velha piada, o filho da gente é o único que marcha certo, enquanto todo o resto do batalhão está marchando errado.

Ser coerente é não abrir mão de seus Valores.

Tudo mais, idéias, conceitos, a Visão e até a Missão de uma empresa pode e dever ser revisto com uma freqüência razoável. Aliás, uma frequência cada vez maior. Apenas os Valores é que não podem ser ignorados, nem alterados.

Não fosse assim e, até hoje, continuaríamos acreditando que o mundo é plano, que a Terra é o centro do universo e que comer manga com leite mata.

As marcas mais valiosas do mundo

Acaba de sair o resultado da mais recente pesquisa feita pela Interbrand.

A Coca-Cola continua na cabeça, como a marca mais valiosa do mundo: US$ 65,3 Bilhões. Em seguida, vêm: Microsoft (US$ 58,7 Bilhões), IBM (US$ 57,09 Bilhões) e General Electric (US$ 51,5 Bilhões).

Nenhuma marca brasileira aparece no ranking da Interbrands. Nem mesmo Bradesco, Itaú, Havaianas ou Natura...

26 de jul. de 2007

E os canalhas ainda conseguem dormir à noite?

Está na Exame Online, para quem quiser ler, a matéria assinada por Marcelo Onaga que começa com o seguinte texto:

O tipo de asfalto usado para revestir as pistas de Congonhas pode ter interferido nas condições de segurança de pouso do aeroporto. A Infraero teria optado por usar nas pistas de Congonhas um asfalto mais barato e de qualidade inferior ao utilizado para revestir a pista do Aeroporto de Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

De acordo com pilotos de três companhias ouvidos por EXAME, a pista de Santos Dumont tem aderência muito maior do que as de Congonhas graças a esse asfalto. "No Santos Dumont, o pouso em pista molhada é feito com as mesmas condições de segurança da pista seca", diz um piloto da Gol Linhas Aéreas que pediu anonimato. "É muito mais seguro do que Congonhas, apesar de a pista ser um terço menor", afirma um comandante da TAM.

Será que o sujeito que tomou a decisão de usar asfalto mais barato consegue dormir à noite? E quem o nomeou? E quem nomeou quem o nomeou? E o Presidente Luís? E quem votou nele?

Tecnologia substitui parte das viagens de avião

Para não paralisar suas atividades por causa do caos aéreo (fruto da incompetência e incapacidade de decidir do Presidente Luís e seus aspones de todos os níveis), muitas empresas estão fazendo uso das mais diversas tecnologias: Skype, e-mail, vídeo-conferência e o diabo a quatro.

Quando nada disso resolve e é possível conseguir um assento, seus executivos viajam de ônibus.

O Presidente Luís parece estar conseguindo fazer o impossível: levar este país a regredir. Mais um pouco, e todos vamos viajar no lombo de burros e em carros de boi.

Presidente Luís não é gestor, não sabe gerir

Clique aqui para assistir à entrevista em que o Deputado Júlio Redecker, uma das vítimas do estúpido desastre com o avião da TAM, põe o dedo na ferida e deixa bem clara a causa por trás de boa parte dos males que hoje afligem a todos nós, brasileiros.

25 de jul. de 2007

Puro Kafka

Se fosse parte de roteiro de um filme ou novela, seria eliminado, por ser absurdo demais:

Minha amiga Alexandra, filha de pai americano, que mora no Rio, perdeu sua carteira de identidade, emitida em 1982 pelo IFP-RJ.

Dois meses atrás, solicitou que fosse emitia a 2ª Via.

O órgão responsável pela emissão de cédulas de identidade no Rio diz agora que ela tem que formalizar sua opção de nacionalidade (não há registros de que tenha feito isso algum dia) para poder “SER BRASILEIRA” e receber a segunda via de um RG que possui há 26 anos. E que foi emitido medianta a apresentação de uma certidão de nascimento brasileira, transcrita e autorizada pela 1ª circunscrição, mediante processo judicial regular.

É interessante observar que Alexandra é titular de um CPF brasileiro e tem 2 filhos brasileiros. E, ao longo desses 26 anos, teve vários passaportes brasileiros, votou em todas as eleições, foi convocada para ser mesária, pagou imposto de renda, casou, descasou, velejou em um campeonatos mundiais representando o Brasil, etc., etc., etc.

Pode um absurdo desses? No Brasil, pode... Aqui, tudo pode...

24 de jul. de 2007

A Endeavor e Thomas Friedman

Na nova (e ampliada) edição paperback americana de seu aclamado livro O Mundo é Plano, Thomas Friedman diz que a Endeavor é o melhor programa de combate à pobreza que existe no mundo inteiro.

Como bem observa Friedman, o modelo criado e implementando pela Endeavor em todas as economias emergentes em que atua, permite que empreendedores iniciantes recebam, praticamente a custo zero, a orientação de empresários, executivos e consultores altamente experientes e capazes. Muitas vezes, aqueles que são considerados os melhores nos respectivos campos de atuação.

Endeavor

Os 266 empreendedores apoiados pela Endeavor no Brasil, Chile, Argentina, Colômbia, México, Uruguay, Turquia e África do Sul já criaram um total de de 79.000 empregos diretos. E geraram um total de receitas de mais de US$ 1,9 Bilhão.

Reflexão: Fanatismo e Negócios não combinam bem

Tem gente que continua fazendo as coisas “como sempre fez” e vendo a realidade “como sempre viu” por pura superstição. Por medo de refletir e descobrir que as idéias defendidas há anos com unhas e dentes não têm pé nem cabeça.

São fanáticos. Não querem saber o que funciona. Querem a segurança de seus velhos conceitos. Lidam com suas idéias como outros lidam com chinelos velhos, feios demais para continuar usando, mas deliciosamente confortáveis, por terem tomado as formas (as deformações?) dos pés do dono.

São fundamentalistas. Avaliam se devem, ou não, aceitar uma nova informação baseados não no fato da nova informação ser verdadeira, mas na forma como acreditam que a nova informação poderá afetar seu sistema de crenças já estabelecidas.

Não mudam a maneira de pensar, por mais que sejam expostos a evidências de que as coisas mudaram. Ou, pior, de que as coisas nunca foram com gostam de acreditar que são.

E quase sempre agem assim em nome de uma pretensa “coerência”.

23 de jul. de 2007

Anote na agenda

Se você se interessa por franquias e negócios em geral, nos dias 5, 6 e 7 de novembro você tem um compromisso: visitar a ExpoManagement 2007 em São Paulo e, mais especificamente, o Espaço Franquias que a HSM e o Grupo Cherto organizarão lá pelo segundo ano consecutivo.

Este ano, estarão ali, expondo suas franquias, 18 franquedores. Contra 12 do ano passado. Aliás, dos 18 "lotes" iniciais, restam apenas 3 ou 4 ainda disponíveis para comercialização.

Me dá logo uns 10 aí !

A loja H Stern do Shopping Iguatemi, em São Paulo, ostenta na vitrine um colar de R$ 513.000,00. Com o preço na etiqueta! Vai acabar virando atração turística...

19 de jul. de 2007

O Franchising brasileiro está de luto

Gabriel Correia Pedrosa Júnior, de 26 anos, franqueado do Habib's em Manaus, foi uma das vítimas do acidente com o avião da TAM. Se é que se pode chamar aquilo de acidente.

Meus pêsames a toda a rede Habib's e à família do jovem Gabriel. Espero que os responsáveis por sua morte tão prematura sejam severamente punidos. Todos eles, em todos os níveis.

Até quando?

Ontem, dia seguinte à tragédia ocorrida em Congonhas, recebi de meu amigo Pedro Furquim um email com o seguinte texto, que reproduzo com a autorização dele:

"Você tem um amigo entre os acidentados? Não?

Eu tenho!

Vitacir Paludo, filho de Vicêncio Paludo, empresário, casado com Ângela e pai da jovem Paloma. O "Vita", da Vipal.

Bom amigo, homem de bem, honrado, marido e pai como poucos, conduta exemplar... mas um cidadão brasileiro, como você e eu.

Exposto aos efeitos do corruptor e do corrupto, de toda sorte de incompetentes e ladrões, de todo tipo de interesse comercial que privilegia o subterrâneo em detrimento do homem comum.

Viajei recentemente com Vitacir e Ângela, mais os irmãos de Vitacir: João Carlos, Salete, Bernadete e Nair Ana. Pude vê-los em família, plena comunhão.

Pude ouvir atentamente Vitacir falar do ipê que via todas as manhãs de sua janela, na casa recém-construída em Indaiatuba.

Lembro-me também de vê-lo comprando sementes de flores. Só queria, afinal, continuar vivendo.

Assim como você e eu.

Penso agora na dor de tantas famílias, com o ceifar de tantas vidas, gente querida de tanta gente, pessoas com ipês a ver, flores a plantar, filhos a criar e tanto por fazer.

Penso no comportamento passivo da companhia aérea, cujo presidente não põe o rosto diante das câmeras e se esconde atrás de seus funcionários desavisados e mal preparados.

Penso no jogo de empurra das responsabilidades entre Infraeros, ANACs, militares e outras "autoridades".

Claro que eles já sabiam que a pista estava muito escorregadia, que a obra havia sido entregue em condições inadequadas e que havia risco.

Vivo em aviões, preciso trabalhar, assim como o Vitacir e seus 179 companheiros de infortúnio.

Pousei ontem naquela pista.

Também estou nas mãos dessa gente.

Da janela do apartamento que ocupo agora, num hotel da Avenida Ibirapuera, vejo os primeiros vôos de Congonhas chegando.

A vida já está voltando ao normal no Brasil.

Até quando seremos tão mansos?"

18 de jul. de 2007

Como é que vão conseguir dormir ?

A primeira parte da reforma da pista do Aeroporto de Congonhas foi concluída há poucos dias, mas a execução das ranhuras (grooves) necessárias ao escoamento da água, em caso de chuva, só pode ocorrer 30 dias depois.

Pelos acidentes e incidentes ocorridos desde que foi reaberta para pousos decolagens, me parece óbvio que, em caso de chuva, essa pista, sem as ranhuras, se torna altamente perigosa.

É possível que a reabertura, sem as ranhuras, tenha sido autorizada porque a Infraero contava com a circunstância de que usualmente não chove em São Paulo durante o mês de Julho.

Contudo, como, contrariando as expectativas, tem chovido um bocado nos últimos dias, é de se perguntar: não passou pela cabeça dos integrantes do Governo Federal e, mais especificamente, da Infraero, proceder à imediata INTERDIÇÃO da pista, ao menos nos momentos de chuva?

Me pergunto também como é que os responsáveis pela abertura da pista conseguirão dormir, depois da absurda tragédia ocorria ontem. Será que não se sentem nem um pouco culpados pelas 200 mortes causadas?

Me pergunto, ainda, em quem é que Lula e os caras da Infraero vão jogar a culpa, desta vez.

Será que vão fazer uso da frase genial do Zé Simão: "Omissos, nós? Mas nós não fizemos nada !!!" ?

17 de jul. de 2007

Errar é humano. Mas persistir no erro é cretinice.

O tema da terceirização do recrutamento e seleção de franqueados de que tratei nos últimos posts não é o único com relação ao qual assumo publicamente que mudei de idéia, de uns anos para cá. Também mudei o que pensava a respeito de uma empresa franqueadora fornecer produtos a seus franqueados.

Houve uma época em que eu estava convencido de que “não era correto” um franqueador ser o fornecedor dos produtos e insumos necessários à instalação, ou ao funcionamento, de suas franquias. Por que motivo eu pensava assim, nem eu mesmo sei dizer. Mais uma vez, superstição, visão deturpada do mundo, puritanismo, percepção do Franchising mais como uma religião do que como negócio, postura xiita, pura cretinice, sei lá. O fato é que eu pensava assim. Mas há muito tempo não penso mais. Percebi que estava errado e mudei, pois, como já disse, não pode haver compromisso com o erro.

Trabalhar para mais de 600 empresas dos mais diversos ramos, de micro empresas a mega corporações, em mais de 1.000 projetos envolvendo franquias e outros canais de venda, no Brasil e no Exterior, me mostrou, na prática, que são bem poucas as organizações franqueadoras que conseguem viver apenas dos royalties e outras taxas que cobram de seus franqueados. Em boa parte dos casos, as contas simplesmente não fecham. Portanto, faz sentido continuar pregando que franqueador que é franqueador deve viver só de royalties?

E por falar em cinema...

... o que é que está acontecendo com a rede Cinemark? O atendimento anda péssimo: funcionários desmotivados, mal-humorados, desatenciosos, bem na linha o-cliente-que-se-dane.

Falta gestão? Falta uma política decente de RH? Estão se tornando vítimas do próprio sucesso? Ou se trata pura e simplesmente de falta de concorrência?

Sempre fui fã dos cinemas da rede, mas, de um tempo para cá, noto um descaso que incomoda. Tomara que voltem a se aprumar.

Promoção bacana

Bem legal essa promoção Galeto's Cultural: se você for ao cinema ou teatro e depois for jantar num dos restaurantes da rede, basta apresentar o ingresso para ganhar 20% de desconto na conta. Gostei!

16 de jul. de 2007

Terceirizar, ou não, o Recrutamento e Seleção?

Você tem idéia de como é o funil de vendas típico de uma franquia? De quantos interessados são atendidos, entrevistados e triados (com o uso de uns tantos métodos e ferramentas) para se aprovar um único franqueado? Para algumas empresas, o número bate em 400 contatos iniciais para se vender uma única franquia! A média do mercado, diga-se de passagem, está em cerca de 250 para 1. Você certamente imagina o tempo e energia que isso consome, se for bem feito.

Pergunto: por que motivo uma empresa franqueadora precisa passar pelo "martírio" de responder pessoalmente ao contato, enviar folhetos, documentos e informações, entrevistar, fazer dinâmicas de grupo e solicitar dados cadastrais e o diabo a quatro a tanta gente, quando há boas empresas especializadas nisso?

Como escrevi ontem, se até mesmo o recrutamento e seleção do próprio presidente de empresas grandes (e sérias) costuma ser terceirizado, por que não fazer o mesmo quando se trata de buscar e triar franqueados? Evidentemente, o cuidado básico a ser adotado é não usar uma empresa picareta. Mas, em se tratando de uma empresa séria, why not?

Ainda a fusão China in Box + Gendai

Um leitor, franqueado Teppan House, comentou que meu post a respeito da fusão China+Gendai só mencionou as duas marcas mais conhecidas e deixou de lado as demais.

Não mencionei todas apenas porque todos os principais jornais brasileiros da última quinta-feira fizeram ampla cobertura do assunto. E a maioria citou a totalidade das marcas envolvidas no negócio.

De qualquer forma, para quem não leu em outro lugar, esclareço que da fusão, anunciada na semana passada, vai resultar uma empresa que administrará, logo de cara, as seguintes marcas: China in Box (delivery de comida chinesa), Teppan House (culinária rápida oriental), Gendai (culinária rápida japonesa), Domburi (comida japonesa) e Owan (culinárias chinesa e tailandesa). Além de outras que possam vir a ser incorporadas ao seu portfolio.

15 de jul. de 2007

Não pode haver compromisso com o erro

Confesso que ando cada vez mais sem paciência para lidar com quem não consegue descartar velhos preconceitos e velhas superstições. Entendo que todos nós devemos, de tempos em tempos, rever nossas “verdades”, premissas e certezas. Para nos certificarmos de que não se tornaram obsoletas. Não pode haver compromisso com o erro.

Não tenho vergonha de admitir que mudei de idéia com relação a um monte de coisas. E me reservo o direito de ainda mudar tantas vezes quantas for o caso. Por exemplo: durante anos achei absurdo e inaceitável que uma empresa franqueadora utilizasse um intermediário para recrutar e selecionar seus franqueados. Naquele tempo eu acreditava que “terceirizar” a venda de franquias constituía uma verdadeira heresia. Por que motivo? Nem eu mesmo sei. Superstição, como eu disse.

É bem verdade que havia gente, no Brasil e lá fora, que armava picaretagens mil nesse processo de intermediação. E imagino que, no fundo, eu tinha a impressão de que não era possível desempenhar essa atividade com seriedade e profissionalismo. Superstição pura, falta de visão, sei lá.

O tempo e a experiência se encarregaram de mudar minha forma de ver a coisa. Afinal, se tantas empresas sérias terceirizam, dentre tantas outras atividades, sua contabilidade, seu Marketing, o desenvolvimento de seus produtos, sua Logística, Distribuição, Atendimento a Clientes e até mesmo o recrutamento e seleção dos executivos que comandam a própria organização (inclusive o próprio Presidente da empresa !), por que um franqueador não deveria entregar a um terceiro (desde que sério e profissional) a tarefa de buscar e pré-selecionar candidatos à aquisição de suas franquias?

Profissionais usam cafés como escritório

Nos EUA, e, aos poucos, também aqui, há cada vez mais profissionais autônomos, vendedores, consultores de campo e outros que precisam estar frequentemente "na rua" se utilizando dos cafés, como Starbucks, Panera Bread, Gloria Jean's e Fran's, como se fossem seus escritórios, ou, ao menos, extensões destes. Principalmente nos horários mais tranquilos, longe dos momentos de pico, quando há mesas sobrando e não há muito barulho, possibilitando até realizar pequenas reuniões, ao mesmo tempo em que tomam vários cafés e comem alguma coisa.

As conexões Wi-Fi, como as providas pela Vex aqui no Brasil, são, em boa parte, responsáveis pelo fenômeno.

Um dado interessante: como mostra matéria publicada recentemente pela Detroit Free Press, os profissionais escolhem o café onde vão se sentar em função dele oferecer a conexão Wi-Fi. E acabam consumindo bastante café, doces e outros produtos, enquanto trabalham. E, o que é melhor, o fazem em horários em que normalmente essas lojas não venderiam muita coisa.

Isso explica porque há cada vez mais cafés, restaurantes e lanchonetes buscando oferecer esse tipo de facilidade aos frequentadores. Seja cobrando pelo serviço, ou não. Como usuário de tais serviços quando estou fora de São Paulo, não me incomodo em pagar. O importante, para mim, é poder contar com uma conexão rápida e confiável. Afinal, tempo é dinheiro.

14 de jul. de 2007

Cochilo meu

Rui Torres, leitor assíduo (e atento) deste Blog, chamou minha atenção para um escorregão que dei no último post. Diz ele, com razão, que a primeira fusão de empresas de franquia ocorrida no Brasil foi a que uniu a Quality Cleaners e a Qualittá Lavanderia, em decorrência da qual ambas as marcas deixaram de existir e foram substituídas (tanto na unidades próprias, como nas franquias) pela marca Quality Lavanderia.

Não sei como não me lembrei disso. Falha minha. Com a agravante de que a Quality Cleaners já foi cliente do Grupo Cherto.

Mil perdões aos leitores. E ao pessoal da Quality Lavanderia.

11 de jul. de 2007

China in Box e Gendai anunciam sua fusão

Por força de contrato de confidencialidade,eu estava impedido de tecer qualquer comentário a respeito. Mas, como o assunto foi finalmente divulgado para a Imprensa, agora já posso falar: duas grandes marcas do mercado brasileiro de franquias de alimentação divulgaram que vão se fundir. Refiro-me a China in Box e Gendai. Você vai poder ler todos os detalhes nos jornais desta quinta-feira.

Que eu me lembre, é a primeira Fusão de empresas franqueadoras feita no Brasil.

Ao longo de todo o processo, as empresas contaram com a assessoria da Unidade de Negócios que o Grupo Cherto e a Cypress Associates formaram para viabilizar Fusões & Aquisições de redes de franquias. Tanto nós, do Grupo Cherto, como nossos parceiros da Cypress, entendemos que essa é uma tendência irreversível. Em busca de maior escala, cada vez mais empresas franqueadoras de porte médio vão se fundir com outras, do mesmo ramo de atuação ou de outros. E nós estamos prontos a trabalhar com elas para agilizar o processo e otimizar os resultados.

A rede China in Box hoje é formada por cerca de 120 lojas, devendo chegar a 130 até o final do ano e a pelo menos 180 até o final de 2010. Já a rede Gendai é composta por 22 unidades, devendo chegar a 32 nos próximos seis meses e 70 a 75 até o final de 2010. O que significa que a empresa resultante da fusão terá por volta de 250 lojas até 2010. Isso, contando apenas as unidades dos conceitos China in Box e Gendai, sem falar das outras marcas, como Domburi, Owan e outras, que já pertencem à organização, ou das que provavelmente serão criadas daqui para a frente.

A palavra dada

A notícia a seguir foi publicada no Caderno Metrópole do Estadão de ontem, como um "box" da matéria referente ao desfile militar comemorativo do dia 9 de Julho:

Aos 93 anos, ex-soldado esquece doença para desfilar

Até semana passada, Francisco Manoel Raposo de Almeida estava internado no hospital com pneumonia e insuficiência respiratória. Quadro grave para um senhor de 93 anos. Mas o ex-soldado ignorou as recomendações médicas e deixou a cadeira de rodas para participar, orgulhoso, do desfile em comemoração aos 75 anos da Revolução Constitucionalista.

Desfilar todos os anos e exibir a faixa da Coluna Romão Gomes, da qual fez parte, é o cumprimento da promessa feita aos colegas. Hoje, como todos já morreram, a faixa é hasteada com a ajuda dos filhos, netos e bisnetos.

Francisco Manoel Raposo de Almeida, meu querido Tio Chico, é irmão de minha mãe. Um homem de fibra. Que deu a palavra aos colegas de tropa, todos já falecidos. E cumpre a palavra dada. Simples assim.

Ainda existe, no Brasil, quem cumpra a palavra dada. Graças a Deus.

E pensar que os caras ganham bem paca...

À equipe comandada por Dunga, cai como uma luva o que José Simão escreveu, anos atrás, referindo-se a uma outra formação do chamado escrete canarinho: "é uma Seleção sem vícios: não fuma, não bebe e não joga".

9 de jul. de 2007

Empreendedor em Série (Serial Entrepreneur)

Conheci Ricardo Bellino há uns 19, talvez 20 anos. Ele então era um jovem "duro" e simpático, com pouco mais de 20 anos de idade, que tentava convencer o "todo poderoso" John Casablancas a se associar a ele para trazer sua Elite Models para o Brasil. E Bellino mostrou a Casablancas que, se não tinha a grana nem a idade que todos consideravam necessárias, tinha algo que faria toda a diferença: uma garra a toda prova.

Fez isso viajando 6 ou 8 vezes aos EUA, para conversar e convencer Casablancas. Como não tinha grana, viajava como mensageiro da DHL (ou outra empresa do gênero, não me lembro). Isso mesmo, naquele tempo as empresas especializadas no transporte de documentos importantes, que precisavam chegar rapidamente ao seu destino, costumavam pagar a passagem de quem se dispusesse a viajar sem bagagem, apenas com uma pequena maleta de mão. No lugar da bagagem, ia um malote com os tais documentos urgentes e importantes. E Bellino viajava nessa condição.

Casablancas ficou impressionado com isso e topou a sociedade, implantando aqui um "braço" de sua Elite Models, que, entre outras façanhas, lançou Gisele Bündchen. Ponto para Bellino, que, não contente com isso, anos depois convenceu Donald Trump (que lhe concedeu apenas 3 mnutos para dizer a que vinha) a se associar a ele para lançar empreendimentos imobiliários no Brasil. Outro ponto para meu amigo Bellino.

Pois agora Bellino mostra que criatividade e disposição para desenvolver novos negócios não lhe faltam. E, como mostra a matéria de capa da Isto É Dinheiro desta semana, se prepara para lançar, nos Estados Unidos, a rede Casas Brasileiras: pontos de venda situados nos EUA e outros países com forte presença de imigrantes brasileiros nas quais estes poderão comprar eletrodomésticos, carros, casas e outros bens a serem entregues a suas famílias no Brasil. A vantagem, para o imigrante, é a certeza de que o dinheiro suado que manda para a família terá a destinação que ele deseja. E não será torrado em bobagens.

Se a gente pensar que os "brazucas" que vivem nos EUA mandam para o Brasil algo entre US$ 7,5 Bilhões e US$ 10 Bilhões por ano e que os "dekasseguis" brasileiros que trabalham no Japão enviam para cá, anualmente, outros US$ 2 a US$ 4 Bilhões, vai concluir que essa idéia Belliniana tem tudo para dar certo. Tanto é assim que o Ponto Frio e a Construtora Tenda já embarcaram no projeto e, ao que parece, a Volkswagen está prestes a fazer o mesmo.

Mais um ponto para o super-empreendedor Ricardo Bellino.

7 de jul. de 2007

Crescendo

Meus sócios do Grupo Cherto e eu decidimos dobrar nosso faturamento até o final de 2010. Para isso, tomamos a decisão de acelerar nosso processo de expansão e abrimos um Escritório Regional em Fortaleza (em funcionamento desde a semana passada) e outro em Buenos Aires (que deverá entrar em funcionamento em agosto - o local e o Diretor Regional já estão definidos).

Também estreitamos nossas alianças com nossos parceiros do México, Espanha, Itália, Estados Unidos, Oriente Médio, França e outros países europeus. E estamos estudando a abertura de outros Escritório Regionais no Brasil.

Não acreditamos nos políticos brasileiros, não acreditamos na capacidade de ação de nossos governos, mas acreditamos nas empresas e nos empresários brasileiros e na sua capacidade de inovar e de exportar produtos, serviços e conceitos de negócios. Acreditamos que nosso mercado continuará atraindo a atenção e o interesse de empresas do mundo todo. E queremos estar bem posicionados para atender, tanto organizações de fora interessadas em vir para cá, como empresas brasileiras interessadas em explorar outros mercados.

Em suma, acreditamos no Brasil. O Brasil é bem maior do que todo esse lodaçal, essa pouca vergonha, tudo isso que estamos cansados de ver nos jornais todos os dias.

Aliás, nós, brasileiros, deveríamos agradecer a Deus, diariamente, ao menos dez vezes por dia, por Ele ter feito o Dia e a Noite. É que à noite os nossos políticos e burocratas dormem. E param de atrapalhar. E o país avança sozinho.

Nova marca de cosméticos no mercado

Minha colega de Academia Brasileira de Marketing Amália Sina, que foi presidente da Walita e da Philip Morris, lançou uma nova empresa, a Sina Cosméticos, e uma nova marca, a Amazonutry, de produtos para tratamento dos cabelos e para o corpo.

Numa estratégia ousada, os primeiros produtos, que são fabricados no Brasil, foram lançados na Itália, na Cosmoprof Bologna, e já estão sendo exportados para vários países da Europa e do Oriente Médio. E deverão chegar ao mercado brasileiro em breve.

Membro da Academia tem lá suas mordomias, tal como receber um kit completo dos produtos antes do lançamento no Brasil. Testei e achei muito bons. E, como o Brasil já é um dos maiores mercados do mundo em cosméticos, é certo que farão sucesso por aqui também.

2 de jul. de 2007

Continuando o post de ontem...

Ontem escrevi sobre a embalagem do brownie da Pret-a-Manger e do enredo nela contido, que contribui para gerar um certo vínculo emocional entre o consumidor e o produto, o que, por sua vez, gera um boca-a-boca muito positivo para a marca.

Pois a embalagem da barrinha de cereais dos caras não fica atrás. Nela, o texto diz (numa tradução livre paca):

"Só a nossa barrinha de cereais tem seus ingredientes misturados à mão com uma pá de 1,5 m de comprimento. Pode parecer estranho, mas descobrimos que utilizar misturadores mecânicos transforma a massa numa polpa horrível. Misturar os ingredientes à mão dá muito mais trabalho, mas melhora muito o sabor. É em parte por causa disso que a textura e o sabor de nosso produto são tão bons."

1 de jul. de 2007

Pret-a-Manger

Já escrevi sobre a Pret-a-Manger, rede de lanchonetes que, apesar do nome francês, é inglesa. Aliás, Londres está coalhada de lojinhas da marca. E em Nova York, aos poucos a gente vai vendo mais e mais pontos de venda. Os produtos são ótimos (e sempre frescos), o visual das lojas é transado e funcional, o serviço é rápido e cordial... mas entendo que o segredo do imenso sucesso da marca não está nisso.

O segredo está no talento da empresa para fazer coisinhas que levam as pessoas a comentar o assunto com os amigos e conhecidos, gerando um Marketing Viral e um boca-a-boca de primeira ordem. Por exemplo, os carrinhos usados para fazer delivery em Londres. O da foto é apenas um entre muitos modelos que chamam a atenção.

Outra coisa: tudo o que eles fazem tem um "enredo". O que Tom Peters chama de "plot". Quer conhecer um exemplo? Pois vamos falar do brownie vendido nas lojas em pequenas fatias embrulhadas uma a uma. É importante que se diga que se trata de um bom brownie. Mas não melhor do que outros tantos bons brownies que a gente encontra por toda parte. Inclusive alguns bem mais baratos que o da Pret-a-Manger. E a embalagem não tem nada demais. É até bem simples: plástico transparente com uma "cinta" de papel impressa a duas cores, com o nome do produto (Chocolate Brownie) e a indicação "feito em casa" (homemade) na frente e um texto na parte de trás.

É precisamente nesse texto que está a tal sacada, o tal enredo. Numa tradução livre, ele diz o seguinte: O desenvolvimento contínuo de nosso brownie é típico da forma de ser Pret-a-Manger. Aprimoramos a receita 36 vezes ao longo dos últimos anos. Cada alteração foi minúscula, mas perceptível. John D Hess uma vez disse: "um cavalo de corrida que percorra uma milha alguns segundos mais rápido do que os demais vale o dobro de qualquer outro. Aquele pequeno algo a mais decididamente tem valor." Acreditamos que o mesmo princípio se aplique ao nosso brownie.