11 de jul. de 2011

As revoluções da informação (texto de Clemente Nobrega)

Mais uma vez, meu amigo, parceiro e guru Clemente Nobrega põe o dedo na ferida, em sua coluna de junho na revista Época Negócios, que tomo a liberdade de reproduzir aqui:

"As Revoluções da Informação:

Em 1999 - no auge do ôba ôba da Internet pré estouro da bolha - Peter Drucker escreveu: ”a verdadeira revolução da informação ainda não aconteceu. Ela não terá a ver com TI,computadores ou artefatos. Será sobre o “fora” das organizações.Vai enfatizar mais o “I” que o T”. Para ele, o que estava em curso era o desdobrar de uma dinâmica iniciada quando o homem inventara a linguagem. Era uma coisa “gramatical”. Ninguém entendeu nada, mas hoje parece mais claro. Veja.

Nossa revolução da informação é a quarta na história - depois da escrita, do livro manuscrito e da palavra impressa. Nas anteriores, o que sempre ocorreu foi, digamos, um movimento “para fora”, uma expansão de limites. A palavra escrita foi inventada para registrar transações comerciais entre dois indivíduos, o livro manuscrito expandiu o alcance da comunicação para mais gente e a palavra impressa levou nuances novas de imaginação e conhecimento para além das clausuras dos mosteiros (que era onde o saber dos manuscritos se concentrava). A informação digital fragmenta mais ainda tudo o que é monolítico e concentrado. O efeito dessa “coisa” se manifesta de múltiplas formas.

Pense em profissões: um técnico manipulando softwares CAD/CAM produz o que há 20 anos exigia times inteiros de especialistas. A animação digital da PIXAR desconstruiu os ilustradores da Disney. Os algoritmos de risco de crédito detonaram a pose dos analistas financeiros. Fotografar virou uma câmera digital que até sua avó manipula.

Inovação que muda o mundo vem sempre da eliminação de barreiras que impediam que alguma coisa ganhasse escala (pense em redes sociais contribuindo para derrubada de tiranos). O mainframe vira um PC que se fragmenta em dispositivos de mão. Lugares onde tínhamos de ir foram eliminados - o centro de processamento de dados (CPD) evaporou-se, agora temos múltiplos datacenters e a “nuvem”. O centro de cópias deu lugar a uma pequena impressora em sua mesa. A autoridade migra do supervisor para o operário da linha de montagem, que pode interromper a produção quando detecta um erro. O processo de P&D sai da Procter&Gamble, da Merck ou da Pfizer, torna-se “open” e vai para uma rede externa. Idem para estruturas de comando militar - do ponto de vista da informação, trabalhadores operando estruturas enxutas numa linha de produção e um comando autônomo que captura uma base terrorista – são processos análogos: em ambas as operações, a decisão, a cada momento, é tomada na ponta. Quem lidera não manda nem controla, apenas orquestra. Não precisa estar lá supervisionando nada. O banco vai até você (caixa eletrônico, bank line), o supermercado vai até você (e-commerce). Educação e saúde - os setores mais impermeáveis a essa dinâmica - também irão até você. Sistemas de ensino irão até o usuário. O hospital, os exames, o médico e o tratamento irão até você.

Era disso que Drucker falava. Não é TI. Palavras, leituras e significados mudam porque as barreiras ao “imaginar” e ao “fazer” desmancham-se no ar dissolvidas pela informação."

7 de jul. de 2011

Você e eu não somos tão racionais quanto gostamos de acreditar que somos...

Este vídeo ajuda a entender um pouco melhor como nossos cérebros funcionam. Vale a pena assistir. Para legendas em Português, clique sobre o botão ao lado da frase "Subtitles available in", role a barra e clique sobre "Portuguese (Brazil)".

1 de jul. de 2011

Coisa de comunista?

Essas lojas de importados da Avenida Europa com seus carrões magníficos expostos ostensivamente devem ser fruto da mente de algum radical da velha guarda do Partidão, com o objetivo de provocar a tal Revolta das Massas.