A primeira parte da reforma da pista do Aeroporto de Congonhas foi concluída há poucos dias, mas a execução das ranhuras (grooves) necessárias ao escoamento da água, em caso de chuva, só pode ocorrer 30 dias depois.
Pelos acidentes e incidentes ocorridos desde que foi reaberta para pousos decolagens, me parece óbvio que, em caso de chuva, essa pista, sem as ranhuras, se torna altamente perigosa.
É possível que a reabertura, sem as ranhuras, tenha sido autorizada porque a Infraero contava com a circunstância de que usualmente não chove em São Paulo durante o mês de Julho.
Contudo, como, contrariando as expectativas, tem chovido um bocado nos últimos dias, é de se perguntar: não passou pela cabeça dos integrantes do Governo Federal e, mais especificamente, da Infraero, proceder à imediata INTERDIÇÃO da pista, ao menos nos momentos de chuva?
Me pergunto também como é que os responsáveis pela abertura da pista conseguirão dormir, depois da absurda tragédia ocorria ontem. Será que não se sentem nem um pouco culpados pelas 200 mortes causadas?
Me pergunto, ainda, em quem é que Lula e os caras da Infraero vão jogar a culpa, desta vez.
Será que vão fazer uso da frase genial do Zé Simão: "Omissos, nós? Mas nós não fizemos nada !!!" ?