23 de set. de 2008

Crise dos mercados: Economistas X Marketeiros

No seu blog, meu amigo e guru Clemente Nobrega tem feito umas análises bem interessantes a respeito da crise que assola os mercados do mundo, inclusive descendo a lenha em políticos, economistas e "intelectuais" que andam por aí dizendo e escrevendo muita bobagem, como, por exemplo Dilma Roussef, Maria da Conceição Tavares e Luis Fernando Veríssimo. Veríssimo, que eu adoro quando escreve suas comédias, toda vez que se mete a falar sério comete umas asneiras insuportáveis, certamente provocadas por sua miopia ideológica.

No seu último post, Clemente compara Economistas e Marketeiros, mostrando por que os últimos acertam mais do que os primeiros:

Economistas e Marketeiros - quem acerta mais [texto de Clemente Nobrega]:

Os marketeiros acertam mais. São mais eficazes. Por quê? Porque partem da alma humana,do conjunto de motivações que movem a “pessoa média”.

Para os economistas, no mercado há agentes, sem rosto, sem alma. Uma empresa para eles é apenas "uma curva de custo e uma curva de receita". O marketeiro considera os medos, aspirações e inseguranças de pessoas reais.

Um economista diz: todo gerente deveria ser cobrado por inovações todo ano, porque está provado que é a inovação que gera riqueza e prosperidade. Eles partem do pressuposto de que as escolhas que fazemos são baseadas em raciocínio frio (para o “bem da empresa” ou do país,ou nosso mesmo. Quá, quá, quá..)

Uma pessoa com mentalidade de marketing dirá: não adianta cobrar inovação. Inovar não é natural. Um gerente que tenha tido sucesso em sua carreira, tenderá a arriscar cada vez menos, pois não vai querer colocar sua reputação em jogo bancando inovações para as quais não é possível saber sequer se há mercado, quanto mais o seu tamanho ou a margem de lucro que a empresa poderá ter.

As inovações que têm se mostrado realmente relevantes vêm de quem tem pouco a perder se elas derem errado. Quer inovar? Crie incentivos para isso (punição/recompensa) partindo da natureza humana real (se não punirem a ambição dos operadores por ganhos de curto prazo, o mercado financeiro global vai viver de crise em crise).

A natureza humana é a matéria prima do marketing e da inovação. È possível entender as motivações humanas porque elas são universais, como Shakespeare mostrou.

A matéria prima do marketeiro são as irracionalidades, os medos, as paixões, a vaidade,o ciúme, a luta pelo poder, a ambição

Escolhas racionais? Tá brincando comigo, cara?