20 de mai. de 2008

Reflexões no dia do aniversário

Não é fácil encarar um aniversário, depois que a gente passa dos 50 anos. E hoje completo 54 anos. Como diz o Woody Allen, ficar velho até que não é tão ruim, se a gente levar em consideração a única alternativa. Mas eu preferia ter 35 anos de novo.

Cheguei ontem à noite de Nova York, onde passei 6 dias. Fui participar da "Reunion" para comemorar meus 30 anos de formatura no Mestrado em Direito da New York University.

Conseguimos reunir, em vários eventos, 19 colegas que vivem em 15 países diferentes. E foi uma delícia.

Revi gente que não encontrava desde a formatura. E constatei que, apesar de muito mais experientes (todos), muito mais sábios (quase todos), um pouco mais enrugados (todos), com mais cabelos brancos (todos), com menos cabelos (alguns), casados (alguns), divorciados (outros), com filhos (quase todos), continuamos basicamente iguais ao que eramos 3 décadas atrás.

Pensamos completamente diferente a respeito de um montão de coisas. Nossos gostos mudaram. Nossas idéias, também. Nosso senso do que é bonito ou feio, gostoso ou desagradável, ordem ou caos, justo ou injusto, idem. Mas os Valores, a essência, o que realmente importa em cada um de nós continua igual.

Na minha visão, isso sim é que é coerência.