20 de jun. de 2007

Mais uma da série: "como eu não tive essa idéia?"

Minhas atividades (voluntárias) como Venture Corp (Mentor) da Endeavor Brasil e integrante do Global Advisory Board e Painelista nos Painéis Internacionais de Seleção da Endeavor Global me dão a oportunidade de conhecer empreendedores geniais e suas criações maravilhosas. É muito comum que, diante de uma das muitas criações geniais que tenho ocasião de analisar, eu me faça a velha pergunta: "por que não fui eu a ter essa idéia?".

Por exemplo, a Superbac, do "gênio do bem" Luiz Chacon. Já pensou que maravilha seria se alguém fosse capaz de fazer os resíduos orgânicos produzidos por uma indústria, um restaurante, uma residência, um hotel, um oficina ou o que for simplesmente desaparecerem? Fazer com que ferramentas ou peças sujas de óleo, fossas e caixas de gordura ou um tanque de tratamento de água possam ser limpos automaticamente, sem trabalho nem sujeira, e toda a sua imundície simplesmente transformada em água e gás carbônico? Pois é isso (entre outras "mágicas") o que a Superbac faz.

Como? Usando bactérias que se alimentam desses detritos. Um tipo específico de bactéria para cada tipo de detrito. Chacon conseguiu desenvolver (e patentear) um método para fazer isso em segurança e sem riscos à saúde. E o mais interessante é que o geniozinho nem sequer é Químico, nem Biólogo. É formado em Administração de Empresas.

Tenho orgulho de tê-lo como amigo. Sou seu fã incondicional. É um Empreendedor com "E" maiúsculo. Um exemplo a ser seguido. Um modelo a ser copiado.

Não vou contar aqui todos os detalhes da sua vida e da luta para viabilizar sua empresa, depois do pai ter perdido tudo o que tinha, vítima de lobbies pesados e do mau-caratismo de certas pessoas e empresas cujo nome nem é bom citar. Vou apenas dizer que houve um dia em que meu amigo Chacon teve que doar sangue, para poder comer o lanche que era distribuído aos doadores. Garra de Empreendedor? Pode apostar!

Hoje, a Superbac é um sucesso de crítica e de público, com mais de 50 aplicações para seus produtos já desenvolvidas, um número imenso de clientes satisfeitos e uma imagem de empresa séria, profissional e confiável.

E, já que liquida com todo tipo de imundície, será que a empresa não consegue inventar uma bactéria que desintegre políticos corruptos?