5 de jul. de 2009

Vale para casamentos, sociedades, joint-ventures, fusões...

Ontem à noite fui ao casamento de uma prima bastante jovem de minha mulher. Uma cerimônia interessante, em que os dois SE DECLARARAM marido e mulher (já haviam casado no civil), sem a necessidade da "intermediação" de um padre, pastor ou outro religioso.

Como parte da celebração, as madrinhas de ambos falaram a respeito de como os dois se conheceram, como foi o namoro deles e assim por diante. E uma das madrinhas disse algo que me chamou a atenção: que os dois não foram feitos um para o outro, mas sim se fizeram um para o outro.

Em outras palavras, foi o que ouvi na semana passada, na festa de 50 anos de minha amiga Deb, quando seu marido Samuca, com quem está casada há 23 anos, contou que com eles não aconteceu o tal amor à primeira vista, mas sim um amor que foi sendo construído dia-a-dia e acabou se transformando em amor a perder de vista.

Ou seja, nas duas situações, uma moça de menos de 25 anos e um homem de mais de 50 constataram a mesma coisa: que uma relação produtiva e mutuamente satisfatória precisa ser construída todos os dias, com esforço dos dois lados envolvidos.

Relações perfeitas não acontecem, simplesmente. Devem ser construídas e consolidades com pequenos e grandes gestos, com concessões mútuas, com esforço, com descobertas, com símbolos, com muita dedicação e uma crença profunda de que tudo vai dar certo. Um dia de cada vez. Um dia após o outro.

O fundamental é que os Valores de ambos os lados sejam convergentes. Nem precisam ser exatamente os mesmos, mas precisam convergir. E que os dois lados se complementem, de tal forma que o resultado da soma (ou multiplicação) deles não seja zero. Mas sim que o resultado de 1 + 1 seja 4, 10 ou 1.000.

Isso vale não apenas para casamentos, mas também para sociedades, joint-ventures, fusões e toda e qualquer relação que se pretenda que seja robusta e duradoura e que produza frutos, não apenas no curto, mas também no médio e longo prazos.

A ausência dessa compreensão e da disposição para trabalhar duro para assegurar que tudo dê certo, aliada à absurda necessidade de obter gratificação instantânea, sem a necessária contrapartida, que permeia nossa sociedade, é que levam tantos casamentos - e também tantas sociedades, joint-ventures e fusões - ao fracasso.