17 de jan. de 2012

Será que o pessoal que está na NRF-2012 está escondendo o jogo?

Era para eu estar lá em Nova York, participando desse que é o maior evento de Varejo do mundo. Mas o excesso de trabalho me obrigou a cancelar a ida aos 45'' do 2º Tempo e ficar aqui em São Paulo, na labuta.

Por isso, sou obrigado a acompanhar o evento à distância, através dos comentários que leio, publicados por pessoas com cérebro, cuja opinião eu respeito, seja no Twitter, no Facebook, em blogs, sites e via e-mail. E até agora não li nada a respeito de algo realmente novo. Posso estar enganado, mas minha percepção é que os palestrantes e painelistas que se apresentam por lá vêm falando mais do mesmo, repetindo basicamente o que já disseram - eles mesmos, ou outros - em 2009, 2010 e 2011.

Será que é isso mesmo, ou quem está lá mandando notícias está escondendo o jogo, para só mostrar o que realmente interessa nos tais seminários pós-NRF, que a partir da próxima semana vão acontecer aos montes, em São Paulo, Rio e outras cidades brasileiras?

Tudo o que tenho lido fala de sociabilidade, mobilidade e outras "ades" e, ainda que com um verniz um tantinho diferente, me leva a acreditar que, por lá, os palestrantes vem repetindo a velha receita de investir na equipe do ponto de venda (via recrutamento, seleção, "empoderamento" - eita palavra horrível! - etc), criar, descrever e seguir processos no ponto de venda e usar tecnologia no ponto de venda. Tudo isso para gerar experiências positivas para os clientes e, assim, se tudo der certo, "fidelizá-los", ou, ao menos, conquistar a preferência deles.

Tudo isso é verdadeiro, relevante, bacana e necessário. Mas, cá para nós, não é essencialmente diferente do que fazia o seu Renato, dono do armazém que havia perto da minha casa, quando eu era criança.

Falem das novidades, gente! Queremos novidades que sejam realmente novidades! Se as há, botem na roda!