31 de jan. de 2011

Livros para quem pensa em empreender

Clique aqui para ler matéria publicada no Diário do Comércio sobre alguns dos livros que todo candidato a empreendedor deveria ler.

Oportunidade na adversidade

Palestra imperdível da recordista nas Para-Olimpíadas de 1996, modelo e atriz Aimee Mullins sobre "Oportunidade na Adversidade". Muito inspiradora mesmo. A mulher é o máximo! Legendas em Português disponíveis clicando no botão "Subtitles Available".

5 de jan. de 2011

Será que adquirir uma franquia é melhor alternativa para você?

Não há dúvida de que adquirir uma franquia é uma das alternativas mais seguras para quem pretende se tornar dono de um negócio. Trata-se da forma ideal de combinar o capital, a garra e os relacionamentos locais de um empreendedor com a experiência, a marca e o acesso a recursos do franqueador. Não é à toa que o Franchising vem crescendo, no Brasil e em outros países, a taxas bem mais expressivas do que a economia como um todo. E gerando negócios mais perenes do que os empreendimentos independentes (não-franquias).

Nos EUA, onde há uma abundância de estatísticas confiáveis, ocorre apenas uma falência de franquia para cada 40 falências de negócios independentes. Lá, 92% das franquias completam 5 anos de vida, contra apenas 23% dos negócios não-franquias. E, embora as franquias representem apenas 3% das empresas em funcionamento naquele país, 40% das vendas do Varejo (de Produtos e Serviços) são feitas por estabelecimentos franqueados.

Esses números dizem tudo, mas... Sempre tem um “mas...”, não é mesmo? Basta algo parecer bom demais e lá vem um “mas...”. Infelizmente é assim. Investir numa franquia é um excelente negócio... mas não é para qualquer um. E não se trata apenas de ter, ou não, dinheiro suficiente para o investimento. Dinheiro é fundamental, mas é apenas um dos ingredientes necessários para que alguém tenha sucesso como franqueado. Inclusive há casos em que o investimento pode ser bastante reduzido e, ainda assim, não ser para o bico de certas pessoas.

Sim, há uns tantos requisitos essenciais para que alguém se dê bem como dono, operador e gestor da franquia, além de ter a grana suficiente para o investimento inicial e o capital de giro. Os mais relevantes são:

1- Gostar de - e ter habilidade para - lidar com gente. Ter aquilo que os gringos chamam de “people skills”. Boa parte do dia a dia de um franqueado envolve interações com outras pessoas: fornecedores, clientes, funcionários e outros colaboradores, membros da equipe da empresa franqueadora e assim por diante. O papel do dono de qualquer negócio (incluindo uma franquia) inclui motivar, inspirar, persuadir, aconselhar, ouvir, liderar e negociar com pessoas. Cada grupo a seu modo, de acordo com suas necessidades e situação. E isso não é algo que se possa fazer uma vez ou outra – é tarefa de tempo integral. Está incluído no preço de ser dono de seu próprio negócio.

Se você não é bom nisso, trate de desenvolver essas capacidades. Dizem os chineses que “quem não sabe sorrir não deve ter uma loja”. Se você não é bom para lidar com gente, mexa-se e trabalhe isso muito bem trabalhado. Cursos de Oratória, de Liderança e até de teatro podem ajudar. Em alguns casos, uma terapia ou algumas seções de Coaching podem ser o caminho, se o problema estiver ligado à sua auto-estima. Se você não tem essas habilidades e não quer - ou não sabe como - melhorar seu desempenho nesse quesito, talvez ser dono de um negócio próprio não seja para você.

2- Ser, ao mesmo tempo, (a) um empreendedor determinado e ousado o suficiente para tomar as decisões e correr os riscos que são inevitáveis na resolução dos problemas que surgirão todos os dias e (b) disciplinado, humilde e flexível para seguir regras impostas pelo franqueador e aceitar as orientações que vierem da equipe deste. Não é fácil manter esse equilíbrio. É algo que precisa ser trabalhado conscientemente, sem nunca perder de vista o objetivo maior, que é o de assegurar que seu investimento retorne e seu empreendimento se valorize. Lembre-se de que as franquias têm uma chance de sucesso muito maior do que os negócios independentes precisamente porque os franqueados observam regras e padrões previamente testados e obedecem a todo um sistema definido pelo franqueador. Se você é daqueles interessados em “reinventar a roda” e “fazer as coisas do seu próprio jeito”, é quase certo que se frustará como franqueado. E será uma pedra no sapato de seu franqueador.

3- Ter alguma experiência na gestão de um negócio ou de uma área ou departamento. Ou, ao menos, muita facilidade para aprender isso rapidamente. Ter uma visão geral - e, se possível, prática - de como um negócio funciona, de quais são as variáveis que realmente impactam o resultado e do que é prioritário amplia muito suas chances de obter sucesso. Não é necessário ser um matemático ou um financista, mas um mínimo de habilidade com números conta pontos a seu favor. Houve uma época, não faz muito tempo, em que bastava entender do negócio para ganhar dinheiro. Se alguém sabia comprar bem e vender bem, estava feito. Hoje, além disso, é vital entender da gestão do negócio. E gerir implica em compreender relatórios gerenciais, indicadores e índices de performance e tomar as decisões corretas com base no que eles mostram. Como diz o velho ditado, “quem não mede, não gerencia”. Se você não tem essa experiência, ou se sente inseguro com relação a sua habilidade quanto a isso, um bom curso de gestão de pequenos negócios pode ajudar. Não é sem motivo que cada vez mais franqueadores vêm buscando formas de aprimorar aqueles que já são seus franqueados com relação a isso. Afinal, muita gente que já é dona de negócio (franquia, ou não) é capenga no que se refere a gestão. Mas, felizmente, nunca é tarde para se aprimorar.

E tem mais: mesmo que você reúna todas essas características e tenha o perfil ideal para ser um franqueado, ainda há uma série de passos a percorrer. Sim, além do perfil, é preciso saber escolher a franquia certa para você. A franquia que é adequada para João pode ser não ser a ideal para José, ainda que ambos reúnam todas as qualidades enumeradas acima. Mas isso é tema para explorarmos em outros posts, em outras ocasiões.

4 de jan. de 2011

Para vc, que vai à NRF-2011: dicas para aproveitar Nova York

Lembre-se de que Nova York é bem mais que a NRF. Você estará na capital cultural do planeta. Portanto, aproveite para fazer outras coisas, além de visitar lojas, fazer compras, visitar a feira e assistir a palestras.

Para quem gosta de Edward Hopper (meu pintor americano favorito), há uma exposição que me parece bastante interessante no Whitney Museum of American Art. Um museuzinho bacana e acolhedor. Se for lá, aproveite para ver também os móbiles do Calder. Especialmente o Circus, que é o máximo.

O MoMA – Museum of Modern Art e o Guggenheim sempre valem a visita. Inclusive pela arquitetura dos prédios onde estão instalados. No MoMA, recomendo não deixar de visitar a seção de Design.

O Metropolitan Museum, ou MET, como é mais conhecido, é o máximo. Mas lembre-se de que, como é imenso, visitá-lo demanda tempo. Nem pense em ver tudo num dia só. Quando vou lá, costumo escolher no máximo 2 ou 3 seções e investir pelo menos 2 ou 3 horas nelas.

O Planetário Hayden, do Museu Nacional de História Natural é fantástico. Para quem gosta desse tipo de coisa, é claro. O próprio museu também é muito interessante. Mas, pelo tamanho do acervo, visitá-lo toma um bom tempo.

Neste site você encontra uma lista da maioria dos shows e musicais que acontecem neste momento em Nova York. Se pretender assistir a algum deles, é melhor comprar os ingressos já. Ou assim que chegar lá. Os bons sempre lotam com muita antecedência. Se bem que lá, como aqui, há cambistas bastante eficientes. Mas paga-se o preço dessa eficiência...

Restaurantes e lanchonetes, há para todos os bolsos e paladares. E esse papo de que nos EUA se come mal é conversa de quem não sabe escolher onde ir.

Um toque: a gorjeta em Nova York é mais alta do que no Brasil. Normalmente, é de 15%. E já há restaurantes que incluem até 20% na conta. Porém, de forma geral, não está incluída na nota. E deve ser adicionada por você (que pode, inclusive, adicioná-la à mão no boleto do cartão de crédito, antes de assiná-lo e entregá-lo ao garçon). Para calcular os 15%, uso um método simples: multiplico por 2 a taxa (imposto sobre vendas) que vem destacada na nota (que, em NY, é de 8%) e dou uma arredondada.

Se pegar um táxi, dê uma gorjetinha também. É de praxe. Não precisa ser muita coisa. Arredondar a conta, acrescentando 50 cents, 75 cents, um dólar ou algo assim, é “de bom tom”.

Compras: Nova York é o paraíso do consumo. Tem de tudo, para todos os bolsos e gostos. A gente precisa se cuidar para não se empolgar. E para não ser ludibriado. Se alguma oferta parecer boa demais para ser verdade, provavelmente é mesmo. Procure comprar em lojas conhecidas, de marca, confiáveis.

Se pensar em comprar algum equipamento eletrônico, câmera, ou algo assim, nem pense em entrar nas lojinhas boca de porco que há por toda parte. Vá direto à B&H, uma loja de judeus hassidi (que, por isso mesmo, não funciona do final da tarde 6ª-feira até a noite do sábado... mas abre no domingo). Ali vc encontra preços baixos e - raridade das raridades - vendedores que realmente entendem do que vendem, dão bons conselhos e, muitas vezes, deixam de lhe vender um produto mais caro por estarem convencidos de que vc não precisa dele e que um mais barato atende às suas necessidades. Já aconteceu comigo e com pessoas que conheço. E não é pegadinha, não...

Mesmo que não vá comprar nada do gênero, vale a pena visitar a B&H para conhecer o sistema de esteiras rolantes que levam os produtos para cima e para baixo (do estoque ao balcão e do balcão ao Caixa). É muito interessante.

Se vc gosta de correr, há bons circuitos no Central Park. Mas se agasalhe bem, que a previsão para os dias de NRF-2011 é de temperaturas entre Menos 4º e Mais 4º. Bem razoável para essa época do ano... mas bem mais frio do que na maior parte do Brasil.

Uma boa notícia: não há previsão de nevascas fortes durante esses dias. Nem de chuva pesada. Só um pouquinho de neve aqui e ali, bem de leve. E sol a maior parte do tempo. Aliás, quando olhar pela janela do seu quarto, com o aquecimento ligado e coisa e tal, não se deixe iludir. A probabilidade é de lá fora estar frio paca.

Fundamental: vá preparado(a) para que esse frio não impeça você de aproveitar ao máximo essa cidade fantástica que é Nova York.

Leve um sobretudo ou casaco quente, que possa vestir por cima das outras roupas. E que seja fácil de tirar e vestir. Os novaiorquinos adoram um ar-condicionado e uma calefação a mil. No verão, quando na rua a temperatura pode passar de 40 graus Celsius, dentro das lojas a gente congela. E agora, no inverno, esteja preparado(a) para temperaturas um pouco abaixo ou um pouco acima de zero nas ruas e de 27 ou 30 graus Celsius no interior dos edifícios. Portanto, não é uma boa idéia vestir roupas quentíssimas que vc não consiga tirar e voltar a vestir facilmente.

Um cachecol de lã, luvas quentes e sapatos ou botas com sola de borracha também são uma boa pedida. No caso dos sapatos, primeiro por isolarem melhor os pés do frio que vem da calçada (que, muitas vezes, estará mais fria que o interior de seu congelador). E depois porque, no caso de nevar enquanto estiver lá (e a previsão é de termos um pouquinho de neve no período da NRF), ajudam a reduzir o risco de escorregões quando a neve se transformar em gelo. E de encharcar os pés, quando o gelo derreter e se transformar numa água lamacenta.

Se vc toma algum tipo de remédio que exija receita, leve-o com você. Comprar remédios sem receita lá é praticamente impossível.

Por último, esteja atento(a) para o fato de que, embora Nova York seja, atualmente, bem mais segura do que São Paulo ou o Rio, é uma grande metrópole. Com os problemas que qualquer grande metrópole enfrenta.

Portanto, não precisa se estressar... mas também não vacile. Como se diz na minha terra (a aprazível Santos), “siri que bóia, a onda leva”...

O segredo do sucesso

Este ano, a Convenção Anual da National Retail Federation, a 100ª da história da entidade, estará lotada de atrações, incluindo um pavilhão inteiro dedicado ao Visual Merchandising e outro à Sinalização de Pontos de Venda. Sem falar na quantidade imensa de hardwares e softwares destinados a propiciar experiências de consumo mais agradáveis e a abastecer o gestor do ponto de venda com informações detalhadas sobre cada aspecto do negócio.

Temos, você, eu, e todos os demais que forem a esse evento, pleno direito de nos maravilharmos com o que veremos lá. Contudo, não nos deixemos ofuscar pelo brilho excessivo de certos aparatos e/ou pelo palavreado empolado dos promotores desses apetrechos. É crucial que nos mantenhamos atentos ao fato de que toda a parafernália que veremos é mero ferramental. Utilíssimo, em muitos casos. Mas incapaz de substituir a inteligência, a sensibilidade, a capacidade de análise e a coragem para tomar a decisão certa, no momento certo, pelos motivos certos, que devem caracterizar os bons gestores... inclusive varejistas.

Olhe em volta e você vai constatar que nenhum negócio deve seu sucesso à Tecnologia acima de tudo. Nem mesmo os negócios cujo produto é Tecnologia. O que importa é gente. E Gestão... que depende de gente.

O sucesso em qualquer negócio de qualquer ramo ainda continua dependendo da capacidade das pessoas responsáveis pela tomada de decisões de captar, compreender e atender as necessidades, expressas ou implícitas, reais ou meramente percebidas, de seu público-alvo. Mudando rapidamente o que for preciso, à medida que essas necessidades mudam. Agindo para tornar a marca, a empresa e seus produtos relevantes para o cliente. Servindo a este o que ele quer comprar, do jeito como quer comprar, pelo preço que está disposto a pagar. Lembrando que o cliente sempre comprará pelas razões dele, nunca pelas nossas...

E mesmo isso não basta: é preciso fazê-lo dentro de uma equação financeira que garanta que - ao menos no médio e longo prazos - entre no Caixa da empresa mais grana do que sai. Ou saia menos grana do que entra. Continuamente. Dia após dia, mês após mês, ano após ano. Do contrário, o negócio quebra. Salvo no caso de certas estatais e organizações assemelhadas, que sobrevivem graças aos bons ofícios de governos generosos, não há negócio que resista por um longo período a um fluxo de caixa negativo.

Portanto, proponho que, durante todo o tempo em que estivermos em Nova York, nos maravilhemos com todas as novidades que veremos por lá. Muitas adaptáveis ao Brasil e a negócios de vários tamanhos. Outras, nem tanto.

Mas em momento nenhum vamos perder a noção de que, quanto mais as coisas mudam, mais sua essência permanece a mesma.

2 de jan. de 2011

Se você quiser acompanhar...

... o que acontece em Nova York durante a 100ª Convenção Anual da NRF - National Retail Federation, o maior evento de Varejo do mundo, a partir do próximo sábado, dia 8 de janeiro, basta me seguir no Twitter: www.twitter.com/MarceloCherto .