24 de jun. de 2007

O lado bom do Brasil

Meu último post foi sobre a Superbac, uma empresa genial, que começou pequena e tem tudo para virar uma empresa global. Um ótimo exemplo do "outro lado" do Brasil. O Brasil que dá certo, que gera resultados, que inova, que gera e distribui riquezas, que cria empregos, que faz este país andar para a frente. Ou seja: o lado do Brasil que não tem nada a ver com essa incompetência e essa sacanagem que vêm contaminando todas as esferas do nosso Poder Público.

Hoje vou tratar de outra integrante desse Brasil "pra cima", que é o Brasil que me interessa: a EDAcom. Se você nunca ouviu falar dela, não se mortifique. Eu também só a conheci recentemente. E fiquei maravilhado.

Nascida como uma empresa de tecnologia, a EDAcom se tornou a representante exclusiva, no Brasil, da LEGO Education, a divisão educacional do grupo LEGO. Isso mesmo, a Lego, fabricante daqueles bloquinhos plásticos com os quais você e/ou seus filhos devem ter brincado muito, tem uma divisão de Educação. E se trata de coisa séria, resultante de uma parceria celebrada com o famoso MIT, nos anos 80.

Como assim, você deve estar se perguntando? Muito simples: essa divisão da Lego desenvolve produtos para projetos educacionais e pedagógicos voltados para a educação tecnológica, hoje aplicados em mais de 80 países. Todos utilizando kits Lego. E, no Brasil, quem faz isso é a EDAcom. Com tanta competência, aliás, que, enquanto no restante do mundo as vendas de kits Lego para fins educacionais equivalem a cerca de 3% das vendas de Lego no varejo, no Brasil equivalem a nada menos que 300%. Isso mesmo: vende-se, para utilização em projetos educacionais e pedagógicos, 3 vezes o que é vendido como brinquedo puro. Mérito da EDAcom.

A empresa define como sua missão preparar os estudantes que participam dos projetos nos quais seus produtos são utilizados para não serem apenas usuários de ferramentas tecnológicas, mas sim pessoas dotadas de criatividade e capacidade de análise, capazes de solucionar problemas e utilizar os vários tipos de tecnologia de forma racional, efetiva e significativa.

No Brasil, os produtos da EDAcom são utilizados em mais de 500 escolas de ensino particular e quase 900 escolas públicas, abrangendo educação infantil, ensino médio, ensino fundamental e nível superior, com projetos desenvolvidos especificamente para cada faixa etária. Em todos, ajudando a preparar melhor os jovens brasileiros para o futuro. E, embora possa parecer à primeira vista que a empresa trabalha com "brinquedos", seu trabalho é muito sério e consistente. E gera resultados fantásticos, como tive a oportunidade de comprovar.

Taí mais um negócio que eu gostaria de ter criado. Como não pensei nisso antes?

Apenas a título de curiosidade, clique aqui para assistir a um vídeo que mostra como é possível utilizar produtos Lego para viabilizar uma competição entre alunos de um curso de Mecatrônica.

20 de jun. de 2007

Mais uma da série: "como eu não tive essa idéia?"

Minhas atividades (voluntárias) como Venture Corp (Mentor) da Endeavor Brasil e integrante do Global Advisory Board e Painelista nos Painéis Internacionais de Seleção da Endeavor Global me dão a oportunidade de conhecer empreendedores geniais e suas criações maravilhosas. É muito comum que, diante de uma das muitas criações geniais que tenho ocasião de analisar, eu me faça a velha pergunta: "por que não fui eu a ter essa idéia?".

Por exemplo, a Superbac, do "gênio do bem" Luiz Chacon. Já pensou que maravilha seria se alguém fosse capaz de fazer os resíduos orgânicos produzidos por uma indústria, um restaurante, uma residência, um hotel, um oficina ou o que for simplesmente desaparecerem? Fazer com que ferramentas ou peças sujas de óleo, fossas e caixas de gordura ou um tanque de tratamento de água possam ser limpos automaticamente, sem trabalho nem sujeira, e toda a sua imundície simplesmente transformada em água e gás carbônico? Pois é isso (entre outras "mágicas") o que a Superbac faz.

Como? Usando bactérias que se alimentam desses detritos. Um tipo específico de bactéria para cada tipo de detrito. Chacon conseguiu desenvolver (e patentear) um método para fazer isso em segurança e sem riscos à saúde. E o mais interessante é que o geniozinho nem sequer é Químico, nem Biólogo. É formado em Administração de Empresas.

Tenho orgulho de tê-lo como amigo. Sou seu fã incondicional. É um Empreendedor com "E" maiúsculo. Um exemplo a ser seguido. Um modelo a ser copiado.

Não vou contar aqui todos os detalhes da sua vida e da luta para viabilizar sua empresa, depois do pai ter perdido tudo o que tinha, vítima de lobbies pesados e do mau-caratismo de certas pessoas e empresas cujo nome nem é bom citar. Vou apenas dizer que houve um dia em que meu amigo Chacon teve que doar sangue, para poder comer o lanche que era distribuído aos doadores. Garra de Empreendedor? Pode apostar!

Hoje, a Superbac é um sucesso de crítica e de público, com mais de 50 aplicações para seus produtos já desenvolvidas, um número imenso de clientes satisfeitos e uma imagem de empresa séria, profissional e confiável.

E, já que liquida com todo tipo de imundície, será que a empresa não consegue inventar uma bactéria que desintegre políticos corruptos?

19 de jun. de 2007

Dúvida...

Vendo a imagem acima, que circula hoje pela internet, me veio a dúvida: essa infinita capacidade de rir de nós mesmos e de nossas próprias desgraças é o que nos salva a todos nós, brasileiros, da insanidade ou é o que nos mantém semi-afundados nesta areia movediça de mediocridade e pouca-vergonha, da qual parece que somos incapazes de sair?

Leio os jornais, ouço rádio, assisto aos telejornais, navego pelos sites de notícias e me pergunto: até quando vamos agüentar esses Renans, Martas, Sarneys, Lulas, Sibás, Babás, Luzinhos e outros integrantes daquilo que o Pasquim, nos velhos e bons tempos, chamaria de "cambuta de fedapada"?

Será que não nos resta mais nada a fazer, senão relaxar e gozar?

17 de jun. de 2007

Mais um Starbucks

Maria Luisa e Peter Rodenbeck inauguram, nesta segunda-feira, mais uma lojas Starbucks em São Paulo. Esta, a primeira unidade "de rua" da marca no Brasil (as outras três estão em shopping-centers).

A nova loja fica na Rua Amauri e certamente será um sucesso junto ao público de executivos, publicitários, profissionais liberais e descolados em geral que circulam nesse pedaço badalado da cidade.

14 de jun. de 2007

Se até eu estou orgulhoso...

... imagino o próprio !

A Innovation Management, empresa integrante do Monitor Group, acaba de publicar nos EUA um livro com as histórias das maiores inovações empresariais que sua equipe de especialistas no tema identificou como as mais dignas de nota ao redor do mundo inteiro.

E, ao lado de organizações como Apple, 3M, You Tube, Wal-Mart, Starbucks, Toyota, Skype, Red Bull, Intel, Google, Grameen Bank, e-Bay, Dell, Cirque du Soleil e outras do mesmo naipe figura a 24X7, do meu amigo, cliente e leitor deste Blog Fabio Bueno Netto, com suas vending-machines adaptadas para comercializar livros em estações de metrô e outros locais de alto fluxo, que agora ele começa a franquear.

Parabéns, Fabio! Você é meu herói!

CLIQUE AQUI para conhecer o livro com as inovações mais marcantes identificadas pela Innovation Management.

13 de jun. de 2007

Prêmio para empreendedores

Endeavor e a revista EXAME PME se associaram para lançar o Prêmio ENDEAVOR & EXAME PME de Empreendedorismo. O objetivo é identificar empreendedores cujas histórias inspirem a sociedade e as futuras gerações de empreendedores brasileiros.

São 3 as categorias de premiação: Inovação, Realizações e Potencial de Crescimento. E o vencedor em cada uma delas terá sua história contada na EXAME PME.

As inscrições devem ser feitas pela Internet. CLIQUE AQUI e conheça o site do Prêmio.

11 de jun. de 2007

A Inovação tem muitas caras

Altamente inovador. Simplesmente imperdível. A banda de rock com os integrantes mais velhos que existe. Os caras são mais velhos até que os Rolling Stones e o Aerosmith (rá-rá-rá). Alf, o lead-singer, tem 90 anos de idade. Um dos membros já fez 100 anos. Vários têm mais de 95. A sacanagem (no melhor sentido) começa pelo nome do grupo: The Zimmers, oriundo de Zimmer Frame, o nome que os ingleses dão àqueles andadores utilizados por pessoas de idade com dificuldade de locomoção.

A banda foi criada para um documentário da BBC sobre o estado de "abandono" em que muitas famílias deixam seus idosos. Em lugar de um apelo piegas, na linha chorosa, alguém teve uma sacada genial: formou um coral só com velhinhos e colocou os caras para cantar My Generation, do The Who. Para quem, como eu, tem entre 50 e 60 anos, My Generation foi um verdadeiro hino de rebelião no final dos anos 60. Leia a letra CLICANDO AQUI e perceba a imensa ironia que é colocar The Zimmers para cantá-la.

É fantástico ver a música usada num outro contexto totalmente diferente... mas nem por isso menos adequado. Toque de mestre. Prova de que Inovação não implica em criar algo inteiramente novo. Inovar também é fazer algo que já foi feito, só que de um jeito diferente. Ou usar num contexto algo que, até então, só tinha sido usado em outro. Vale para a Música, para a Medicina, para a Moda... e também para os Negócios.

CLIQUE AQUI para assistir ao clip da banda. Por sinal, gravado no célebre studio de Abbey Road. Aliás, se você, como eu, é fã incondicional dos Beatles, não perca a cena do quarteto de velinhos atravessando a rua (a famosa Abbey Road), que também aparece na foto aí acima. Melhor que isso, só mesmo a cena final do vídeo.

10 de jun. de 2007

Inove. Ou morra.

Se você não leu o ensaio escrito pelo meu amigo e guru Clemente Nobrega para a revista Época Negócios do mês passado, tem mais uma chance: é só CLICAR AQUI e ler. Garanto que vale a pena.

Clemente prega que supermercado, hospital, lojinha, oficina, indústria hoje é tudo igual. Não importa o ramo de atuação, a única forma de ganhar dinheiro hoje é inovando e aprimorando a maneira como a empresa orquestra o fluxo de informação entre os diversos elos da cadeia empresa-consumidor. E eu me atrevo a complementar: isso vale inclusive (e talvez principalmente) para os Canais de venda.

Não é por outra razão que mais e mais empresas vêm se utilizando das técnicas e ferramentas que fazem o sucesso das redes de franquias para aprimorar seu relacionamento com (e o desempenho dos) Canais de Venda.

Afinal, as empresas franqueadoras sabem como orquestrar uma organização formada por players autônomos (cada um com sua estrutura própria, sua realidade economico-financeira e até seu próprio CNPJ) para que cada um execute as tarefas que lhe competem da forma adequada para assegurar que o fluxo de informações (no sentido mais amplo da expressão) seja o mais efetivo possível.

9 de jun. de 2007

Ainda a Innocent

Dias atrás, falei da Innocent e dos gorrinhos tricotados à mão que a empresa colocou sobre a tampa de suas garrafinhas de smoothies. O que gerou um boca-a-boca que elevou brutalmente suas vendas.

Pois veja como a empresa decora as vans que usa para fazer entregas. A idéia é mostrar que usa leite puro e outros ingredientes naturais na composição dos produtos. E, mais uma vez, gerar boca-a-boca.

8 de jun. de 2007

McDonald's Kasher (ou Kosher) no Brasil

Pouca gente sabe, mas o McDonald's já opera restaurantes Kasher (ou Kosher - ou seja: unidades em que a preparação dos pratos segue os preceitos do Judaísmo) em Israel, Nova York e, para surpresa de muitos (mas não minha), em Buenos Aires.

Pois no domingo passado a rede fez um teste e serviu, durante um dia, num de seus restaurantes de São Paulo, pela primeira vez no Brasil, as versões Kasher de vários de seus hits, como o Big Mac (sem queijo, já que, pelas leis do Judaísmo, carne e leite e seus derivados não se misturam). Também fizeram uma pequena modificação nos pães utilizados, para eliminar da sua composição um derivado do leite. E o gado cuja carne foi utilizada precisou ser abatido de forma diferente e sob a supervisão de um rabino.

O teste foi um sucesso. A empresa imaginava vender 3.000 sanduíches. Vendeu 10.000. O que sifnifica que é bem provável que, pelo menos nessa loja, passe a haver um dia Kasher por semana. Exatamente como faz a Bráz, cuja pizzaria do bairro de Higienópolis, também em São Paulo, serve pizzas Kasher toda terça à noite, no salão do andar superior.

5 de jun. de 2007

Da série "Como eu não tive essa idéia?"

A Innocent, fabricante de sucos inglesa, consegue transformar seus produtos e outras ações em assunto de um monte de conversas, gerando um boca-a-boca enorme e um marketing viral espontâneo sem tamanho. O que eleva brutalmente suas vendas. Como? Com ações simples, porém altamente criativas.

Um bom exemplo são os gorrinhos tricotados à mão que colocou nas garrafinhas de seus smoothies. "Para que eles não fiquem resfriados, já que precisam permanecer na geladeira até serem consumidos". Contrataram um bando de senhoras para tricotar mais de 230.000 gorrinhos. E ainda passaram a destinar a um programa de assistência a idosos 50 pence por garrafinha vendida.

Assista ao filme clicando aqui. E, assim como eu, morra de inveja de não ter tido essa idéia, tão simples e tão genial.

4 de jun. de 2007

Outra empresa que busca franqueados

A Alpargatas, que detém os direitos sobre a marca Timberland no Brasil e já opera dez lojas próprias desse conceito em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, inicia agora a concessão de franquias de pontos de venda exclusivos dos calçados e roupas outdoor dessa marca.

A meta é inaugurar duas franquias ainda este ano. Neste momento, a busca de candidatos a franqueados se concentra nas regiões Sul, Nordeste e Centro-Oeste, onde os produtos Timberland só são comercializados, por enquanto, em lojas multimarca.

Para tornar o negócio ainda mais atraente, a Alpargatas anuncia que não pretende cobrar royalties nem taxa de propaganda desses primeiros franqueados.

3 de jun. de 2007

Lavasecco busca franqueados

Todos os estudos mostram que há muito espaço para isso. E a rede Lavasecco, que já tem 7 lojas já em funcionamento na capital paulista, decidiu abrir mais 3 franquias nessa cidade. E busca candidatos para instalar, operar e gerir essas novas lojas.

As lojas Lavasecco são amplas, claras, com um visual moderno e equipamentos de última geração (tecnologia italiana). Todas oferecem serviço de delivery.

Na minha visão, o mercado de franquias de lavanderias ainda tem muito o que crescer no Brasil. Há muito mercado a ser "tomado" das pequenas lavanderias de bairro, que ainda operam com base em tecnologia antiga. E que continuam tendo clientes por força da tradição e do bom relacionamento que mantêm com quem vive nas redondezas.

Falta a essas pequenas lavanderias independentes a estrutura empresarial que as boas redes de franquias provêm a seus integrantes. As independentes, ou ocupam um nicho muito específico, ou desenvolvem essa estrutura (que cada vez mais se torna necessária em todos os ramos de negócios), ou se aliam a alguma rede, ou tendem a desaparecer. Como já ocorreu em outros segmentos.

2 de jun. de 2007

Uma história inspiradora

Se você compreende Inglês, não perca estes dois vídeos, que contam um pouco da história de Muhammad Yunnus, Prêmio Nobel da Paz 2006, e de seu Grameen Bank, o banco dos pobres, que, através do micro-crédito para empreendedores de Bangladesh, vem contribuindo de forma significativa para reduzir a miséria e a desigualdade naquela parte do mundo.

Fico me perguntando se os estudantes que neste momento ocupam a Reitoria da USP não deveriam usar sua energia para fazer algo assim. Se quiserem provocar uma verdadeira revolução e contribuir para fazer deste país um lugar muito melhor para se viver, o Empreendedorismo e o apoio ao Empreendedorismo são o caminho a seguir.

Clique AQUI e depois AQUI, para assistir aos vídeos.

Será que temos saída?

E pensar que este é um dos senadores considerados sérios...

Clique aqui, assista ao vídeo e morra de rir... ou de chorar...

1 de jun. de 2007

Brasil X Austrália (parte 2)

Na minha visão, uma coisa que diferencia bastante a Austrália do Brasil é a prática, lá, da Tolerância Zero.

Até onde pude perceber durante o tempo que passei naquele país e nos mais de três anos que durou minha associação com a tal consultoria de lá, na Austrália a coisa funciona da seguinte forma: se você age de acordo com as regras, ninguém quer saber de onde você veio, qual a sua cor, ou o que fez antes. Interessa apenas o resultado que você gera. Valorizam o que você é capaz de produzir. Porém, se pisar na bola, não terá uma segunda chance.

Impunidade é uma palavra que não faz parte do vocabulário australiano. Os caras são super divertidos, quase latinos no jeito de ser, na simpatia, no jogo de cintura, mas lá não existe o nosso “jeitinho” pernicioso. Todo e qualquer delito, médio, pequeno ou grande, é punido de imediato. Doa a quem possa doer.